terça-feira, 11 de agosto de 2009

Origem do nome Patos de Minas

A origem do nome da cidade de Patos de Minas esta relacionada ao sítio chamado “Os Patos” que já era mencionado em antigos documentos já no começo do século XIX. Lá existia uma exuberante lagoa que habitava uma grande quantidade patos selvagens chamada Lagoa dos Patos.

Essa lagoa era o antigo refugio dos negros fugidos das minas de Goiás e Paracatu. Na metade do século XIX era parada obrigatória dos viajantes pela grande quantidade de água e fartura da caça.

Em 1826 foi lavrada a escritura de doação de uma “sorte de terras ao glorioso Santo Antônio a fim de edificar um templo para cômodo dos povos”. Essa escritura de doação foi lavrada na fazenda Os Patos sendo seus proprietários Antônio Joaquim da Silva Guerra e sua mulher Luíza Correia de Andrade. José Correia de Andrade e Rosa Dias eram os antigos proprietários da fazenda repassando mais tarde como herança ao seu sogro Silva Guerra.

De acordo com o historiador Oliveira Mello para se ter noção do tamanho da Lagoa dos Patos deve se seguir o seguinte trajeto às suas antigas margens:

- Tomando como ponto de partida a Avenida Paracatu, esquina com a Rua Teófilo Otoni; continue pela Avenida Paracatu até a Rua João da Rocha Filgueira, siga esta até a Praça Champagnat (Volks), tome a Rua Major Jerônimo e vá até a Praça Santana (Mercado), de lá siga a Rua Padre Caldeira, rumo a Praça Desembargador Frederico (onde se situou a primeira Rodoviária da Cidade) e vire à direita, Rua Teófilo Otoni, seguindo até o ponto inicial de partida.

Nesse ano de 2009 faz exatamente 117 anos de elevação da Vila Santo Antônio de Patos a categoria de Cidade de Patos. Com certeza esse passeio é uma forma de resgatar a importância histórica do nome dessa localidade. O convite esta feito!

Fontes:
- Mello, Antônio Oliveira. Minhas opiniões. E as suas? Ed. Santa Edwiges, Paracatu, 1998.
- Mello, Antônio Oliveira. Patos de Minas Centenária. Ed. Santa Edwiges, Patos de Minas, 1992.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

FILME: GRANDE SERTÃO

Poucas pessoas sabem, mas as filmagens de o Grande Sertão aconteceram nas cidades de Patos de Minas, Santana de Patos e Lagoa Formosa. As cenas foram produzidas também na localidade do Pindura Saia (Lagoa Formosa) e na fazenda Dona Helena do Nego Sezostre. O filme foi exibido nos cinemas do Brasil em 1965, baseado no livro de Guimarães Rosa (Grande Sertão Veredas).

Em Lagoa Formosa foi um acontecimento histórico que envolveu e mexeu com a economia da cidade e região. Podia-se ver o alvoroço causado pela chegada de grandes caminhões e carros trazendo o elenco e equipamentos para filmagens. A empresa responsável pela gravação do longa-metragem era a companhia VERA CRUZ.

Os Rapazes daquela região ficavam admirados com os lindos olhos verdes da atriz Sônia Clara que fez o papel de Diadorim. Já as mocinhas não tiravam os olhos de Mauricio do Vale que fazia o papel de Riobaldo.

Muitos moradores trabalharam nas filmagens como figurantes e usavam seus próprios animais nas batalhas. A cavalaria da Polícia Militar também foi utilizada.

A concentração das filmagens era próximo ao posto Esso em Lagoa Formosa, e se tornou um momento inesquecível para a população.

Entre os atores de maior peso da cidade foi Sr. Olegário Mundim que participou diretamente das filmagens que duraram aproximadamente quarenta dias. Naquela época ficou conhecida a cultura Lagoense e os costumes daquela gente simples de vida tranquila e desconfiada. Os nomes de Cobra e Caruncho ficaram conhecidos no cenário nacional. Eram apelidos dos próprios cidadãos Lagoenses que participaram das filmagens.

“Grande Sertão gira em torno da história de dois personagens, Riobaldo e Diadorim. Riobaldo, também conhecido como Tatarana ou Urutu-Branco, é o narrador-protagonista do livro. Diadorim é Reinaldo, amigo de infância de Riobaldo e filho de Joca Ramiro, chefe de um bando de jagunços”.

Aguinel Alves de Magalhães
Participou como figurante do filme Grande Sertão

"Eu cai de uma janela e o Arthur Preto aparece no filme caindo em uma lagoa no Pindura Saia depois que a gente atirou nele. A cavalaria da polícia militar era mais de cinquenta. Arrumaram um cavalo bravo para mim que era do Olegário. Tive que tratar dele todos os dias".

Assista parte do filme. Clique aqui.